“É fácil falar de mim, difícil é ser eu!”, “Deus deu a cada
um uma vida, para cada um cuidar da sua!”, “Me odeia, entra na fila!”, “Não me
inveje, trabalhe!” ,”Seu ibope é o meu sucesso!” ... e por ai vai.
Outro dia conversando com meu primo (estudante de História,
muito culto por sinal #puxosacomsm rsrsrs), ele me falou que uma coisa banal
que ele postou no facebook, teve mais comentários e curtidas que todas as
outras coisas muito mais inteligentes, que ele posta diariamente, e ele disse
que ficou feliz com a repercussão. Mais logo depois ele pensou “se isso me afetou
de alguma forma, é porque eu estou muito fútil. Vou sair daqui e ler um livro!”
Tenho visto uma preocupação muito grande com a imagem do “próprio
eu” que é passada nos dias de hoje, principalmente através das redes sociais! Preocupação
esta que tem levado (com o perdão da franqueza) ao ‘emburrecimento e
estupidecimento’ do ser humano.
Não entenda mal, eu não tenho nada contra as redes sociais,
gosto e até uso bastante! O que me incomodou foi o fato de que as pessoas estão
fazendo mais coisas para desmistificar a ‘imagem’ que os outros têm dela do que
fazendo algo pelo que ela realmente é.
Se todo mundo se dedicasse a ler um livro cada vez que uma
coisa fútil faz diferença na sua vida, elas não precisariam se preocupar com o
que os outros estariam pensando dela, porque ela descobriria que o que eles
estão fazendo não é pensar e desperdiçar, pois cada segundo gasto com a preocupação
alheia é um desperdício de tempo pessoal!
Ai você diz: hahaha, você acabou de desperdiçar um tempão
escrevendo esse texto!
E eu te respondo que sim, desperdicei, como várias outras
vezes já desperdicei tempo antes, e ainda por cima digo que desperdiçaria de
novo se existisse a chance (como existe) de alguém, em algum momento de
futilidade, pensar um pouco no assunto e fazer algo diferente para seu próprio
eu!
Afinal como diria Goethe: “Quem tem bastante no seu
interior, pouco precisa de fora!”